México DF - Zócalo

domingo, 29 de dezembro de 2013

O Zócalo é a praça principal da cidade, onde fica a Catedral, tipo a Praça da Sé, em SP. Como era Natal, estava todo decorado e cheio de luzes, e em breve seria inaugurada uma pista de patinação no gelo. É palco de todos os tipos de manifestação. Enquanto estava por ali, alguns nativos da região de Oaxaca se encontravam acampados, protestando por alguma coisa que não consegui entender o que era. Também havia um grupo formado por pessoas de pueblos indígenas vendendo artesanato e mostrando sua cultura a quem passava. Vi alguns xamãs também, prestando uma "assessoria" para os turistas e curiosos.



Apesar de ter alguns prédios bonitinhos, é uma região feia, gente. Nem adianta dizer que é bonita, que é pitoresca, porque não é, pelo menos na minha opinião. Bem atrás fica uma zona que é tipo 25 de Março. Há lojas cheias de cacarecos e camelôs vendendo de tudo.

De lá sai o Turibus, aquele ônibus vermelho de dois andares, comum em cidades turísticas.

O hostel do Thomas ficava bem de frente para o Zócalo. O meu, mais pros lados da "25", a umas quatro quadras de distância. Dois hostels bons com estilos diferentes. Sobre eles falarei no próximo post.

MÉXICO DF E O METRÔ

domingo, 29 de dezembro de 2013

Canário decidiu ir com a gente até o Zócalo que, afinal, ficava no centro da cidade e, imaginávamos, mais perto de qualquer outro lugar que não fosse o aeroporto. De lá tentaria entrar em contato com o amigo, na Argentina. Ficou combinado que nós o acompanharíamos até a casa do cara que o hospedaria assim que conseguíssemos fazer nosso check in.

Já na estação de metrô, pedimos informações para um cara que foi super solícito e disse que nos acompanharia, pois estava indo para o mesmo lado. E acompanhou MESMO! Paramos para tentar comprar chips mexicanos de celular, agradecemos a ele pelas informações e dissemos que iríamos ficar ali por alguns minutos, mas ele disse que não... que esperaria pra embarcar com a gente! Um fofo! TODOS os mexicanos, aliás, foram muito educados e gentis, sem exceção.

Aí começou a nossa saga pelo metrô de DF: Gentemmmmmmm! Bora parar de reclamar do metrô de São Paulo na hora do rush, pelamooooor! Metrô de SP é o céu perto do de DF! Juuuuro por Deus! Nunca me senti tão amassada em toda a minha vida! E olha que de metrô eu entendo!!!

Estação Pantitlan, México DF. Essa foto não é minha. Tirei daqui. Inclusive é até legal dar uma olhada nessa pagina, pra que a gente possa começar a para de olhar só para o nosso próprio umbigo. Metrô cheio é metrô cheio em qualquer lugar, pessoal!


Sabe quando a gente entra no meio daquela multidão no metrô Sé, o trem chega e parece que se abriu uma porteira praquele monte de "gado" mal educado entrar? Lá é assim também. Só que a "porteira" existe de verdade, antes de chegar na plataforma! O povo fica esperando a "porteira" abrir. Aí a plataforma enche, a porteira fecha e o resto do "rebanho" tem que ficar esperando a nova abertura. E, tipo, acontece de tudo antes de a porteira abrir. Enquanto esperávamos batendo um papo com o mocinho mexicano, uma velhinha simplesmente abaixou as calças no meio da escada pra fazer as necessidades. Nos entreolhamos e fingimos que não tínhamos visto aquela cena tão... exótica.

Mas.. bom.. pelo menos o metrô mexicano cobre toda a cidade! E pelo menos custa MUITO menos que o de Sampa! 3 pesos ( uns dois dias depois, aumentou para 5 e rolou um mega babado, tipo revolução pelas estações porque o povo achou o aumento excessivo! ). Thomas ficou tão feliz que deu bilhetes de presente para todos!

Tínhamos que trocar de linha 3 vezes, mas o vagão estava tão cheio, mas tão cheio, que resolvemos seguir as indicações de uma tiazinha simpática, descemos em uma estação e fomos à pé até o Zócalo. Ai que sensação de alívio! Finalmente pude sentir meu braço novamente! Achei que tivesse grangenado, tamanho era o aperto dentro daquele trem! Descemos praticamente sendo levados pela multidão e nem conseguimos agradecer e dar tchau pro mocinho simpático que nos ajudou!

SP-México

sábado, 28 de dezembro de 2013

Cara! Não sei como, mas consegui reunir tudo o que precisava em uma mochila de 12,5kg! DOZE QUILOS E MEIO para uma MULHER que vai passar quase um mês viajando SOZINHA ( sim! Fui sozinha! E, sim! Me separei! Agora quem ainda não sabia vai ficar sabendo! Águas passadas! Tô ótima, obrigada! ) é uma coisa muito fora do comum! Orgulho de mim mesma! 

Tudo bem que acabei nem usando minhas sandalinhas fofas, os dois vestidos ( um pro dia-a-dia, um mais bonitinho pra, sei lá,  alguma ocasião mais especial ), minhas bijous, muito menos os dois vidros de esmalte que enfiei na necessaire nem sei por que. O perfume, então, nem lembrei que existia. Aliás, lembrei sim, quando ele vazou e deixou a mochila fedendo por uns três dias!  Também não usei três das quatro regatinhas lindas e coloridas que tinha escolhido com todo amor e carinho pra, tipo, combinar com a saia ( que usei uma vez só por meia manhã, porque senti frio e troquei por uma calça jeans! ). Enfim... poderia ter reduzido esse peso da mochila em pelo menos uns 10%. Mas tudo bem... essa parte a gente pula!

Cheguei no aeroporto, fiz check in e fui correndo procurar a salinha VIP ( presente de Natal da Carol! Obrigada! Beijo pra sua tia mais querida do mundo tbém! ) pra gozar de meus últimos momentos de relax antes de entrar na classe econômica/pobre do vôo SP-Cidade do México.

Acho que estou ficando velha. Cada vez que viajo por longas distâncias me sinto mais incomodada dentro do avião. Tudo tão apertado! As nove horas de viagem pra mim foram como dezoito! O vôo atrasou em quase uma hora, mas eu até que estava feliz, pois do meu lado havia uma poltrona vaga e eu já estava sonhando em poder esticar as minhas pernas e viajar de maneira confortável. Até que... HOLA! Eis que chega o motivo do atraso! E vem sentar justo onde??? Não sem antes fotografar o avião inteiro, óbvio, e puxar papo comigo, que já estava semi depressiva por ter que ceder o lugar que na verdade era dele, mas que por uma hora imaginei ser meu! Nacionalidade? Argentino! Só podia, né?

O ARGENTINO.
Matias era o seu nome. Canário para os amigos. Vinha de Rosário e viajava pela primeira vez de avião ( eis o motivo das 867.687,86 fotos que tirou ao embarcar! ). Simpaticíssimo. Fiquei até com peso na consciência por tê-lo xingado mentalmente quando ele me roubou o lugar que era dele mesmo. Queria ir a Acapuco. Na hora só me veio em mente o episódio em que toda a vila do Chaves ia passar férias por lá.

Conversamos por um tempão durante o vôo e desembarcamos juntos. O Canário estava tão emocionado que, antes de descer, fez questão de agradecer e cumprimentar a todos os comissários de bordo com um aperto de mão. Na fila da imigração ele me mostrou umas 20 mil fotos de sua cidade e dos eventos que organizava para a população carente. Legal no começo, dei uma super atenção, achei lindo, mas lá pela foto número 10 já comecei a me cansar. Ao final, já estava olhando pros lados desesperadamente em busca de algo para distraí-lo. E não é que achei? O vocalista do Skank, que estava no mesmo vôo. Falei algo do tipo "esse cara é mega famoso no Brasil!", já introduzi o assunto música e, como num toque de mágica, as fotos foram deixadas de lado! Fui má, gente, eu sei! rs...

O BRASILEIRO
Após ter esperado por quase uma hora nossas bagagens ( o controle nos aeroportos mexicanos é grande. Eles checam todas as malas antes de levá-las para a esteira ), seguimos para a fila da alfândega, onde encontramos Thomas, um mineiro falador e gente boa pra caramba. O papo que rolou foi mais ou menos o seguinte:

-Brasileira?
-Brasileira!
-Opa! Eu também! E você, amigo?
-Soy argentino!
-Opa! Que legal!

....

Vai ficar onde aqui em DF, Estela?
-No Zócalo, e vc?
- Eu também! Vai de metrô? Vamos juntos!
-Bora!
- E você, Argentino, vai pra onde?
- ...

(SOBE SOM- barulho de grilos)

-preciso ir até a Calle blablabla. É a casa do irmão de um amigo.
-e fica onde essa Calle?
-não sei... aqui no meu papel só diz o nome da rua...
-não tem número? Bairro? Nenhuma indicação de como chegar?
-não... mas isso não é um problema! É só ligar pro meu amigo e pedir mais informações!
-legal! Então vamos até um orelhão e ligamos!
-não dá... meu amigo não está aqui, mas na Argentina! Vou ter fazer uma ligação internacional e meu telefone não funciona!
-então liga pro irmão dele, uai!
-é que... ele não me passou o número...
-....

( SOBE SOM- barulho de grilos )

Recomeço. Novamente.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Pois bem... para quem não me conhece, eu sou a Estela! Muito prazer! E este é o Sushi com Guaraná, blog que surgiu em meados de 2004, quando me mudei de São Paulo para o Japão.

Em um momento de pura idiotice, cancelei todas as minhas postagens anteriores. Como me arrependo...

...mas chegou o momento de recomeçar, desta vez contando um pouco das minhas aventuras pela América Central. O roteiro? México, Guatemala e Honduras. Divirtam-se!
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